Tuesday 28 March 2023

Almanaque da Emi #7

Ando meio ansiosa, triste, bem "não tô bem buzzlatinha" das ideias. Ninguém perguntou, mas é nesse contexto que mando esse update:

Lidos

O que parece ser 30% das obras completas de Freud (eu não aguento mais). A Superindústria do Imaginário, que nem consigo elaborar ainda o que achei, mas tem sido positivo.

Assistidos

Aulas do meu curso de desenho, yay. E a novela das sete, nos últimos dias que passei na casa da minha mãe: um excelente exemplar do gênero.

Links

Tive uma onda de nostalgia gostosa relendo o Lomogracinha. E os blogs do blogroll, que atualizei nesse mês aí.

Ouvidos

Parei de ouvir Altamira de novo, voltei pro feijão com arroz do meu iPod (Led Zeppelin e bandas adjacentes, prog rock, gringas gritando suas emoções, the ocasional sertanejo anos 90).

Jogos

Voltei a jogar Pokémon Go, baixei The Sims 4 pra jogar com os bebês de colo, o que significa que estou alternando meu tempo entre quatro passatempos virtuais (saudável, ela).

Hitou

Gente fazendo show nesse país - gente deixando de fazer show nesse país - base podre da igualmente tosca blogueira Virgínia - school shooting

Eu parei de usar o Twitter, queria deixar registrado aqui que novamente só vi melhoras (e que voltei a dar uma zanzada lá por duas vezes quando estava me sentindo bem triste e sozinha). Sdds dos amigos, ganho de vida sem saber de coisa ruim.

bj bj té mais

Monday 20 March 2023

Ela era fotógrafa ela

 Então, deixa eu falar um negócio:

Tinha uma época que a fotografia me encantava. Lembro do quanto eu queria ter uma câmera digital de verdade, do quanto eu tirei fotos com ela quando ela veio, e depois do quanto tirei fotos quando consegui comprar uma DSLR - uma "câmera profissional", o suprassumo do suprassumo. Aí tudo isso morreu. Sempre associo a morte desse ciclo com a minha entrada no serviço público, mas se a causa foi essa ou não, nunca saberei. O fato é que hoje minhas câmeras juntam pó no armário.
Muitas pessoas falavam que eu tirava boas fotos - mas eu nunca botei muita fé nisso, porque não sabia se o elogio era pro que eu via ou pra qualidade da imagem ou pros fundos desfocados. Mas eu gostava muito. Queria até ter trabalhado com isso, numa época. Aí a vida aconteceu - me formar na faculdade, procurar emprego na área, virar adulta, ficar infeliz, me questionar se todo trabalho deixa a gente infeliz ou se eu teria tido chance de ter mais saúde mental se fosse trabalhar com meus interesses da juventude, etc. É por isso que hoje me volto de novo pra esse hobby, numa tentativa meio desesperada de voltar a apreciar o processo de algo.

Hoje eu tenho quatro câmeras aqui em casa, todas meus neném: (isso se desconsiderarmos uma Frata T-20 que foi A máquina fotográfica da minha infância, uma Tron Duo que substituiu a falecida nos anos finais e salvo engano ainda funciona bem, uma câmera Powerpack super pequenininha que deve ter uma lente de plástico e foi a câmera digital que eu tive por alguns anos na minha adolescência enquanto todo mundo tinha uma Cyber-Shot, e por fim uma Polaroid 636 que surrupiei indevidamente do estado de abandono que estava no quarto de adolescência de um membro da família, e estou esperando ter dinheiro pra comprar filme e descobrir se funciona).

Canon Powershot SX110

Comprei em 2009 depois de muito guardar todos os dinheiros que eu possuía. É uma câmera compacta, movida a duas pilhas AA (não tenho mais pilhas recarregáveis e eu lembro que ela comia uma pilha alcalina fudida, por isso faz tempo que não uso). Tem uma lente fixa cuja distância focal ninguém lembra, zoom óptico de 10x e uma distância mínima de foco de... 1cm? Eu gostava de tirar foto de coisas pequenininhas com ela. Hoje em dia percebi que tem uma linha bugada no sensor que sempre sai nas fotos.


Canon EOS Rebel T3i

Comprei em 2013, também depois de guardar toda e qualquer moeda que sobrava na minha mão (como se pode ver na foto acima). A existência dela pôs na minha mão três lentes intercambiáveis compatíveis com o encaixe EF/EF-S: 18-55mm f/3.5-5.6 (a famigerada lente do kit, pobre coitada), 50mm f/1.8 (ícone) e uma Sigma 17-55 f/1.8 (que me rendeu uma história engraçada pra contar). Já foi pra fora do Brasil, já perdeu tampa de lente, eyecup, hoje em dia as tampas de borracha esfarelaram. Ela tem visor articulado, mas é mais antiga do que as telas touch e Wi-Fi. É minha guerreirinha.


Fujifilm Instax Mini 25

Comprei em 2015. Quem lembra da febre que essas câmeras causaram? Um capricho mais do que outra coisa, mas ela não foi muito cara, e rende fotos instantâneas. Eu nunca tinha tido fotos instantâneas, e elas são um souvenir bem legal. Ela tem uma lente fixa 60mm e uma lentezinha ~macro~ de encaixar. Funciona com duas pilhas CR2, que eu tinha a maior dificuldade de achar pra vender neste país (fui remexer as coisas pra escrever esse post e achei duas pilhas extra novinhas que meu amigo trouxe do Japão junto com as duas que estão em uso, saiba que te amo Kaneko) e um cartucho de filme pra Instax Mini.


Canon EOS 3000N

Comprei em 2020? Um brinquedo que a pandemia não me deixou aproveitar direito (e a alta no preço dos filmes, a pouca disponibilidade de laboratórios ao redor, meu súbito esquecimento de como se tira uma foto). Veio junto com mais uma lente compatível com o encaixe EF/EF-S: uma 35-80mm f/4-5.6. Funciona com duas pilhas CR123A e um rolo de filme 35mm, que custa quase o equivalente a meu consumo mensal de luz. 


PS: Desse post caí inevitavelmente nos sites de câmera e uma Canon G7X ESTÁ CUSTANDO 6000 REAIS?????? OI? QUANDO FOI QUE FOTOGRAFIA VIROU ESSE ASSALTO À MÃO ARMADA?

Saturday 18 March 2023

Um ano sem compras: saldão de fevereiro

Coisas que eu comprei, mas podia:

Verniz e pincel, pra envernizar um cabideiro que estava esperando isso há dois anos.

Discutível: também passei no cartão do Marido, mas fiz uma compra na Amazon com algumas tranqueiras. Cestinhos organizadores, escova de cabelo, Havaianas (eu uso a dele o tempo todo), protetor solar em spray. Todas coisas que vou usar, mas que caem em uma zona nebulosa de "eu precisava, mas será que eu realmente precisava...?". Sempre negligenciei os cuidados com a minha aparência, e quando quero comprar algo que cai nessa categoria, eu fico debatendo comigo se estou me autossabotando por não comprar (continuar feia e desleixada) ou por comprar (compulsiva consumista). Pelo menos estou usando tudo e achei que tiveram efeito.

Conserto da impressora (não sei se conta, mas foi 400 reais, uma facada).


Coisas que eu comprei, mas não podia:

Uma quantidade exagerada de pins esmaltados da Shopee. Eu SEMPRE QUIS vários, mas o preço era uma fortuna, porque a maioria é de vendedores gringos e além do preço em dólar é preciso bancar o frete. Agora com o preço de um pin eu comprei uns quinze. Quatro devidamente espetados nos meus acessórios, os restantes enfeitando meu pratinho de bijuteria.


Livros na Estante Virtual: dei a louca e comprei gibis, edições do Guia dos Curiosos e do Manual da Turma da Mônica, livros que eu tinha quando era criança, amava, mas nunca completei a coleção. Vou ler e amar? Com certeza. Precisava? Absolutamente não. Mas e se eles se esgotarem???????? Dessa vez não dei conta de sossegar esse espírito. Faz muito tempo que eu queria comprar esses livrinhos mesmo. E eu posso me convencer de que foi um ótimo negócio, porque nenhum custou mais de quinze reais.


Jogos na Steam: em minha defesa, eram jogos baratos (dez reais cada) que eu joguei pirateado por anos, então foi quase uma reparação histórica (mentira, eu queria receber as conquistas na minha conta da Steam).

Fevereiro teve 28 dias e eu fiz esse estrago. E poderia ter sido PIOR: eu tava louca pra comprar um monte de caneta da Tombow no Aliexpress.


Saturday 11 March 2023

Pixel art

Caso você não saiba do que se trata, pixel art é o nome de um tipo de arte digital em que cada unidade da imagem (um pixel) tem uma posição planejada para compor um desenho, normalmente desenvolvido com um uso limitado de cores e resolução menor, tradicionalmente associado a sistemas gráficos mais antigos que possuíam limitações de processamento. Basicamente, um ponto cruz digital.

Se não deu pra perceber pela minha predileção por joguinhos do tipo Love Nikki e The Sims, eu gosto muito do gênero jogo de vestir boneca virtual. Na era da internet anos 2000, esse interesse era satisfeito pelos dollmakers, páginas que te deixavam montar uma bonequinha sobrepondo roupas, cabelos e acessórios. Tudo feito em pixel art, as vezes no Photoshop (pra quem tinha), as vezes feito no MS Paint, o programa mais democrático de todos. A internet chegou na minha casa em meados de 2004, quando eu tinha doze anos, e essa era uma das coisas mais legais que eu tinha pra fazer na world wide web - me expondo assim a muitas artes fofas e diminutas de casinhas, guirlandinhas, personagens da Sanrio, babadinhos e enfeites variados. Numa época em que câmera digital era um negócio pouco difundido e que as vezes deixava a desejar, era assim que a maioria das pessoas satisfazia sua necessidade de imagens.

Eu sempre adorei esse tipo de coisa, especialmente quando vinha acompanhada de movimento e pisca-pisca. Salvei vários pra posteridade no meu HD, e tenho até hoje. Mas acho que só me dei conta recentemente de como existia, nessa época mesmo, toda uma comunidade de gente (principalmente mulheres, igualmente interessadas em coisas fofas) que fazia sites, blogs todos dedicados a sua habilidade de fazer imagenzinhas com poucos dados.

Eu ADORARIA ter podido participar de uma folia dessa, ainda mais com tempo livre - a coisa que eu mais tinha aos doze anos de idade. Sempre admirei quem sabia fazer qualquer tipo de produção gráfica. Como não deu, vou usar o que tenho agora: o Photoshop (desenhar com camadas é muito bom, foda-se o purismo) e esse blog.

Blogs e sites sobre pixel art que eu queria imortalizar no meu museu:

The Quilting Bee (archived)

Whimsical

Pixelins

Catch a Star

Appledust

Bitmap Dreams

Kawaiiness

Strawberry Gashes

Hillhouse

Sleepy Sprout

Pastel Hell

Rosedryad


Todos esses buttons já são uma obra de arte, é isto.
Também achei esses tutoriais do saint11, (que aliás é brasileiro), e pode ser que eu tente alguma coisa só pra aprender (eu já tentei, risos, só não sei se tenho coragem de mostrar aqui).

bjbj!!

Saturday 4 March 2023

Cinco é melhor do que nada

Fevereiro veio e foi, e foi um mês no qual fui EXTREMAMENTE INÚTIL ao meu país. Blame it on feriado aos dez dias: o mês já é curto, todo mundo pára na metade... Eu me dei isso como desculpa pra jogar joguinhos e procrastinar.
Embarquei no desafio do clube da aquarela desse ano e fiz... cinco pinturas, das 28 propostas. Cinco é melhor do que zero - mas eu ainda quero continuar com os temas ao longo dos meses.  Gostei mesmo dos limões, as outras eu achei qualquer coisa.

Também choveu muito, e eu tirei umas fotos que gostei: cinco. De novo, cinco é melhor do que zero - o marco costumeiro dos últimos meses (anos)




Vacas pastando, meu role de carnaval. Ia ser um café da tarde rural com amigos, mas briguei com Marido, não conseguimos chegar no evento e quebramos o carro, que nesse momento espera, numa oficina, o desembolso de alguns milhares de reais. PELO MENOS EU VI VACAS PASTANDO NUM MORRO, fizemos as pazes e ninguém se machucou.

Também montei um escritoriozinho nesse mês, de forma meio não intencional. Vem ai o sonho do ateliê próprio, será??? Outras coisas legais: vendi meu iPhone (amém), mandei a impressora pro conserto e fiquei obcecada com pixel art. E meu orientador do mestrado que respondeu a correção do meu artigo depois de UM ANO. Risos, virou meu novo parâmetro pra atraso com compromissos.

Tô realmente ansiosa pra buscar a impressora no conserto e enfim imprimir um monte de papel de scrapbook bonito pra fazer arte nos caderninhos. ❤️