Um guia para a discografia de estúdio da Taylor Swift

No meu outro blog fiz um post do qual eu gostava muito, chamado "Um Guia para a Discografia do The Killers", na época em que eles estavam em vias de lançar o Wonderful Wonderful. Eu gostei do formato, no qual só dei opinião e meti gifs fabulosos do Brandon Flowers sobre a discografia de uma das poucas bandas que eu tinha saco pra ouvir os cds por inteiro, ir atrás de singles e tudo o mais. Mas como não gostei muito dos últimos lançamentos deles, cá estou eu fazendo a mesma coisa pra falar da produção musical dessa fia que conseguiu ser a única artista pop pra quem eu tenho alguma paciência: Ela mesma, Saylor Twifty.
Só vou falar dos álbuns de estúdio e deixar de fora as coletâneas flopadas e os Taylor's Version porque não tenho tanta paciência assim:

 #1: Taylor Swift (2006)

O que é: O álbum de estréia self-titled
Também conhecido por: Country e Taylor com cachos selvagens
No meu ranking pessoal é o número: 7
O que eu acho dele: Fofo. É o primeiro cd dela, tem bastante influência country - por isso fica meio esquecido no churrasco dos fãs do pop.
O que ouvir daqui: Picture to Burn eu amo. Também adoro Tim McGraw, Our Song, Teardrops on My Guitar e Stay Beautiful
Falando mal de: Que eu saiba, ninguém

#2: Fearless (2008)

 

O que é: o debut da menina Teilo no pop
Também conhecido por: Violão prateado e vestido de franjas
No meu ranking pessoal é o número: 1!!!
O que eu acho dele: Perfeito. Não tecnicamente falando, também não é aquele com as melhores letras, mas acho que as músicas tem uma energia jovem e positiva que é boa demais.
O que ouvir daqui: A faixa título que é preciosa, Change, Forever and Always, Love Story (que tocou até não poder mais, fez a fama dessa menina), White Horse, The Way I Loved You, Hey Stephen (alô, Vanessa), YOU BELONG WITH MEEEEE e seu clipe fofíssimo
Falando mal de: Joe Jonas

#3: Speak Now (2010)

O que é: Um álbum escrito todinho de cabo a rabo pela dona e proprietária do negócio
Também conhecido por: O verso "you are the best thing that's ever been mine"
No meu ranking pessoal é o número: 5
O que eu acho dele: Excelente. É um álbum consistente e pro qual eu sempre volto quando quero me sentir confortável nas músicas dela, acho que envelheceu muito bem e confesso que até estou ansiosa pra ver o que vai sair nesse rerelease dele (que caso você não saiba, Taylor Swift tretou com o dono da ex gravadora, não conseguiu comprar os masters dos primeiros discos e agora está regravando os seis primeiros álbums. Besta essa mulher não é)
O que ouvir daqui: Dear John, Mean, Mine, Superman, Never Grow Up, The Story of Us, Speak Now, Better than Revenge
Falando mal de: John Mayer, Camilla Belle e bem de Taylor Lautner

#4: Red (2012)

O que é: Outro álbum de estúdio pop fenômeno
Também conhecido por: Ter sido o sonho de toda leitora da Capricho na época
No meu ranking pessoal é o número: 9
O que eu acho dele: Romântico numa época que eu não tinha paciência pra romance, jovem numa época que eu queria me achar muito adulta.
O que ouvir daqui: A mítica All Too Well (mas por favor, ignorem a 10-minute-version), 22, Holy Ground, Starlight, Treacherous,
Falando mal de: Connor Kennedy, Jake Gyllenhaal

#5: 1989 (2014)

O que é: Álbum de estúdio número cinco, o primeiro produzido por Jack Antonoff, essa criatura da cena pop
Também conhecido por: Trazer as Polaroids de volta à vida, o hit Shake it Off
No meu ranking pessoal é o número: 3
O que eu acho dele: PERFEITO. É o álbum que me convenceu que essa mulher sabia fazer músicas boas. Eu amo muito algumas músicas, as outras eu simplesmente esqueci que existem. Mas os acertos contidos aqui, meu Deus, obras primas *emocionada*
O que ouvir daqui: Blank Space, Style, Wonderland, Clean, Wildest Dreams, Out of the Woods, Shake it Off
Falando mal de: Katy Perry e Harry Styles

 #6: Reputation (2017)

O que é: O álbum que ela fez depois daquela treta com o Kanye West e a Kim Kardashian em que ela foi cancelada
Também conhecido por: Aquele em que Old Taylor morre, aquele do emoji de cobrinha
No meu ranking pessoal é o número: 10
O que eu acho dele: Chato e pop demais, dispensável, o álbum que ela escreveu com metade do cérebro pq a outra metade estava pensando no London Boy
O que ouvir daqui: ...Ready for It?, So it Goes..., Delicate, New Year's Day
Falando mal de: Kanye West

 #7: Lover (2019)

O que é: O álbum que trouxe de volta nossa amiga Old Taylor
Também conhecido por: A estética mais brega de todas as eras, mas eu sei que faria igualzinho (eu disse IGUALZINHO) se eu fosse uma estrela pop do calibre dela
No meu ranking pessoal é o número: 4
O que eu acho dele: É o álbum do meu casamento, pura e simplesmente. Ouvi, tive uma vontade súbita de me casar, fui pedida em casamento algumas semanas depois e entrei na cerimônia com Lover e saí com Paper Rings. Sendo bem honesta, esse não é um dos melhores álbuns dela, mas tem esse valor afetivo pra mim tão grande que não importa o que ela faça nessa vida eu sempre serei grata por esse álbum.
O que ouvir daqui: The Archer, The Man, Lover, Paper Rings, London Boy, False God, Cruel Summer
Falando bem de: Joe Alwyn

#8: Folklore (2020)

O que é: Álbum surpresa no meio da pandemia
Também conhecido por: Jogar na nossa cara o quanto essa mulher é produtiva em um período que ninguém conseguia fazer nada
No meu ranking pessoal é o número: 6
O que eu acho dele: Folk demais, MAS poderoso e cheio de versos que me fizeram pensar horas demais em coisas que eu nem queria
O que ouvir daqui: The Last Great American Dynasty, Invisible String, Mirrorball, The 1, Illicit Affairs, Cardigan
Falando bem de: Joe Alwyn

#9: Evermore (2020) 

O que é: OUTRO álbum surpresa no meio da pandemia
Também conhecido por: Ser o irmão do Folklore
No meu ranking pessoal é o número: 8
O que eu acho dele: Gosto muito do fato de ter tantas referências a problema de cabeça, mas ainda não me prendi pela sonoridade (também é muito folk)
O que ouvir daqui: Champagne Problems, Tolerate It, Evermore, Marjorie, Happiness, Closure
Falando de: sinceramente eu não sei, me contem as fofocas

#10: Midnights (2022)

O que é: Um álbum meio conceito falando de meia-noites
Também conhecido por: ter 800 versões diferentes pra te fazer gastar dinheiro sem a menor vergonha
No meu ranking pessoal é o número: 2
O que eu acho dele: Um dos meus favoritos, que destoa do meu gosto pessoal pelas músicas antigas dela. Acho que aqui ela acerta no pop, manda letras muito boas (o grande trunfo dessa mulher) e dá pra notar o quão bonita está a voz dela em comparação com os primeiros álbuns (ou ela só aprendeu a usar bem o autotune, whatever)
O que ouvir daqui: The Great War (obra prima simplesmente), High Infidelity, Maroon, Bejeweled, Anti-Hero, Mastermind, You're on Your Own Kid, Karma
Falando mal de: Scooter Braun, supostamente Joe Alwyn

E é isso aí. Gosto muito de algumas músicas dessa mulher, mas o fandom dela é maluco.
bj bj e até mais ♡

Kentukis - Samanta Schweblin

Indicação que eu roubei da Natália, e um livro que eu devorei compulsivamente, porque o assunto me interessa (os efeitos da internet na nossa vida), mas fiquei puta com o formato. São micro contos (de terror, eu diria). Alguns a gente consegue acompanhar por mais tempo, outros só duram duas ou três páginas. E eu queria uma história inteira, pelo amor de deus.
Mas - spoiler - todas elas terminam mal pro narrador.

Esse livro me fez pensar em três coisas: A privacidade, a solidão e as relações em tempos de internet. Um cara chantageia meninas. Uma mulher se permite ser cruel com um robô. Um menino gasta tudo que tem pra fugir da vida real e se afundar na virtual (olha lá o metaverso!!!). Outro cara tentando ganhar dinheiro se vê descobrindo um esquema de violação de direitos. Todas essas pessoas se conectam com estranhos por meio de um Furby que faz videotransmissão: tem gente que paga pra ser o Furby, tem gente que paga pra ter o Furby, e a conexão entre os dois é insubstituível até acabar a bateria do bicho. Ou um dos dois desistir.

Ao mesmo tempo que o filósofo já disse que o inferno são os outros, o outro poeta lá disse que é melhor se sofrer junto do que ser feliz sozinho, e assim o ser humano atravessa a existência nesse dilema de se relacionar tentando controlar ao máximo o que pode do processo. Nesse livro, ele cria esse Furby que não fala, não late, não enguiça e volta sozinho pra base. Mas pra algumas pessoas não é suficiente ficar assistindo um bicho com carinha de animal circular pelo chão, elas querem conversar, e tentam burlar esse sistema de mão única pra dar voz pro Furby (o kentuki). Tem gente que não quer conversar, quer usar essa conexão pra tirar algum proveito do outro. Ou talvez até mesmo conversar seja tirar algum proveito do outro, já que a relação boneco - ser humano é extremamente virtual e, sem essa possibilidade de reação direta, parece que as pessoas se relacionam mais com as projeções e fantasias na cabeça delas mesmas do que com a pessoa em si.
Sei que tem gente que vai argumentar que altruísmo não existe e a gente vai agir sempre motivado pelo nosso bem estar, mas essa relação construída em cima desse mediador virtual em formato de bichinho que não fala me parece um outro tipo de egoísmo, sei lá.

Mas a parte que mais alugou um triplex na minha cabeça foi a sobre privacidade. Imagino que Black Mirror já deve ter lançado algo do gênero, mas me deu PAVOR a ideia de um ser humano desconhecido tendo acesso à minha casa com uma câmera e acesso de circulação. Só que é meio que o que a gente já faz sem saber, com nossos gadgets por aí. Faz alguns anos que por força maior eu todo todo esse cuidado de não sair postando informações muito pessoais na internet, justamente pq não sei quem pode estar vendo, e aí esse livro vem pra confirmar toda a sorte de desgraças que podem vir de estranhos que te vêem e você não sabe.

É um tempo muito estranho pra estar viva, sei lá (diz ela, escrevendo num blog pra sei lá quem nessa internet de meu deus).

Kentukis, da argentina Samanta Schweblin. De 2018, no Brasil publicado pela editora fósforo.

Em tempo: desde a minha outra encarcação bloguística eu garrei um ódio de fazer qualquer coisa que pareça uma resenha, porque ela sempre traz a sensação de que eu preciso produzir um texto Sério e com Validade, que vai reforçar minha imagem como pessoa culta que não apenas consome mas também discute obras interessantes. Isso não é uma resenha, se isso parece uma resenha é por mero acidente, isso aqui é somente a minha Opinião, 100% powered by vozes da minha cabeça.