Sunday, 30 April 2023

Um ano sem compras: saldão de março

Tudo ia bem (eu desinstalei os aplicativos da Shein e Shopee), nem parecia uma pessoa com problemas com compras, até rolar uns BO e eu ficar bem triste.
Botei muita coisa no carrinho, mas até que o estrago foi menor que o de fevereiro.


Comprei e podia:

Curso de desenho (e fiz as aulas, vai vendo)
Lápis técnico, grafite integral e caneta nanquim, pro curso de desenho.


Comprei e não podia:

Óbvio que eu não ia só comprar materiais pro curso de desenho: uma caneta e três lápis aquareláveis
Tudo ia bem, quatro materiais de arte só é um progresso. Ai comprei um SAPATO. Rs. De SALTO. Eu odeio sapato de salto, mas esse é tãaaaao bonitinho, e eu tenho sentido falta de ter uma cara mais séria nas empreitadas do trabalho. Ainda não chegou pra eu postar foto e testar se é confortável (to contando com isso, é a mesma marca do meu sapato que comprei pro casamento).
Nos 45 do segundo tempo, comprei dois livros no estantevirtual. Meio impulse buy, mas em minha defesa, um deles não tem em pdf por aí (e o outro era um gibizão que eu perdi numa mudança e to há vinte anos lamentando isso). Ainda não li, mas tá aqui no meu criado mudo esperando.

Thursday, 27 April 2023

Dez álbuns pra conhecer meu gosto musical

Uma trend que respondi no instagram na época da quarentena do COVID. Percebam que chamo álbum de CD, prova de que sou uma millenial já desatualizada.

1: amigos vol. 1, 1996


quando eu era criança eu tinha umas fitas cassete da xuxa, sandy e júnior e afins, mas principalmente minha mãe ouvia rádio, e tenho um afeto muito grande por a) vários pagodes anos 90 b) duplas do calibre de leandro e leonardo e zezé di camargo e luciano.  todas as músicas dessa coletânea são excelentes e essa gravação de disparada é, pra mim, uma jóia. Música favorita: Disparada, pelo amor de Deus

2: meu mixtape pessoal músicas selecionadas

essa foi a resposta original, e esse mixtape é realmente muito importante pra mim - é uma coletânea de pop internacional anos 70/80, bem melódico, com músicas gostosas que eu só ouvia na casa da minha tia postiça. mas também me dei conta de que ficou faltando uma parte significativa da minha história musical, e fiz esse apêndice aqui:

2.5: klb, 2000 

na minha pré-adolescência eu comecei uma coleção de letras de música. isso foi na época que o letras terra estava engatinhando na terra (letras.mus.br) e a maioria delas eu escrevia de ouvido. a maior parte era do KLB, essa banda teen que DOMINOU a trilha sonora da minha vida na época (paixonites ridículas por meninos feios e igualmente ridículos). Música favorita: VIDAAAAAAAAA DEVOLVA MINHAS FANTASIAAAAAAAAAAAAS

3: let go, 2002

avril foi a contraparte internacional da minha pré-adolescência. icônica e fugindo do estereótipo de patricinha toda feminina que dominava os anos 2000, o roquinho e o estilo skatista dela fez com que ela conquistasse espaço na minha vida. Música preferida: I'm With You, meu Deus, a dor adolescente vem tudo de novo quando eu ouço

4: divine discontent, 2002

aí eu descobri a internet, aí eu descobri a música kiss me do sixpence none the richer, aí eu descobri o torrent e esse cd. sixpence none the richer foi minha banda preferida por um boooooooommmmm tempo e esse cd me acompanhou pelo final da adolescência. por mais que eu tenha vários outros favoritos, acho que se eu tivesse que escolher um cd que marcou a minha vida, seria esse. Música preferida: sei lá, todas. esse é um álbum muito coerente pra mim, eu amo todas. Waiting on the sunshine ou tonight, talvez.

5: how to dismantle an atomic bomb, 2004


junto com esse. foi o CD da turnê que trouxe o U2 pro brasil em 2006 (aquele que foi televisionado pela globo) e também minha porta de entrada pra me interessar por ROCK!!!!!!!! Música preferida: Vertigo, ÓBVIO

6: leoni ao vivo, 2005


e esse, que ficou famoso na época porque uma das músicas tocou numa novela. amo todas as músicas e foi onde comecei a conhecer mais músicas nacionais de cantores mais estabelecidos (e posteriormente fui num show dele em 2012, saiba que te amo Leoni). Música preferida: eu devo ter ouvido tanto esse cd que eu não sei como ele não furou, e como eu não sou imune a clichês vou responder Garotos

7: (what's the story) morning glory?, 1995

em algum ponto do finalzinho da minha adolescência rolou um outro mixtape mais moderno - um monte de músicas que meu ex namorado colocou no computador, e gostei de várias, o que me deixou mais próxima de várias bandas. observar que várias músicas legais pertenciam a esse mesmo cd me fez reconhecer que eu gostava de oasis e várias bandas britanicas de rock, ou como eu gosto de chamar, rock de menininho sofredor. Música preferida: Wonderwall, logicamente, essa música deve ser a melhor da DÉCADA

8: led zeppelin III, 1970


eu sempre fiquei intimidada com bandas e cantores historicamente consagrados e esse aqui - onde toca immigrant song, música que faz parte da trilha sonora de escola de rock, que eu vi na sessão da tarde há 500 anos, obrigada jack black - foi o primeiro em que me senti confortável pra desbravar a discografia de bandas famosas de rock (e posteriormente virar cadelinha dessa banda do inferno). Música preferida: GALLOWS POLEEEEEEEEE

9: 1989, 2014

taylor swift pra marcar o momento em que eu deixei de ser idiota e ter ranço de cantora pop mainstream. Música preferida: Podia falar todas, mas Style.

10: invisible touch, 1986



a pessoa vê um show do U2 em 2006 e depois acaba fã de rock progressivo. pra marcar a eleição de genesis como a minha Banda Preferida, esse que é o meu cd preferido deles. É inovador e revolucionário? não, nem sequer é rock progressivo a rigor, mas meu deus, como esse cd me faz sentir coisas. agora eu tenho uma cópia do vinil na minha estante, e já pedi pra me enterrarem com ele quando eu morrer. Música favorita: Domino. Obviamente Domino.


Sintam-se à vontade pra fazer disso um meme ou tag e responder nos seus respectivos blogs também, quem quiser. bj bj <3

Monday, 17 April 2023

Kentukis - Samanta Schweblin

Indicação que eu roubei da Natália, e um livro que eu devorei compulsivamente, porque o assunto me interessa (os efeitos da internet na nossa vida), mas fiquei puta com o formato. São micro contos (de terror, eu diria). Alguns a gente consegue acompanhar por mais tempo, outros só duram duas ou três páginas. E eu queria uma história inteira, pelo amor de deus.
Mas - spoiler - todas elas terminam mal pro narrador.

Esse livro me fez pensar em três coisas: A privacidade, a solidão e as relações em tempos de internet. Um cara chantageia meninas. Uma mulher se permite ser cruel com um robô. Um menino gasta tudo que tem pra fugir da vida real e se afundar na virtual (olha lá o metaverso!!!). Outro cara tentando ganhar dinheiro se vê descobrindo um esquema de violação de direitos. Todas essas pessoas se conectam com estranhos por meio de um Furby que faz videotransmissão: tem gente que paga pra ser o Furby, tem gente que paga pra ter o Furby, e a conexão entre os dois é insubstituível até acabar a bateria do bicho. Ou um dos dois desistir.

Ao mesmo tempo que o filósofo já disse que o inferno são os outros, o outro poeta lá disse que é melhor se sofrer junto do que ser feliz sozinho, e assim o ser humano atravessa a existência nesse dilema de se relacionar tentando controlar ao máximo o que pode do processo. Nesse livro, ele cria esse Furby que não fala, não late, não enguiça e volta sozinho pra base. Mas pra algumas pessoas não é suficiente ficar assistindo um bicho com carinha de animal circular pelo chão, elas querem conversar, e tentam burlar esse sistema de mão única pra dar voz pro Furby (o kentuki). Tem gente que não quer conversar, quer usar essa conexão pra tirar algum proveito do outro. Ou talvez até mesmo conversar seja tirar algum proveito do outro, já que a relação boneco - ser humano é extremamente virtual e, sem essa possibilidade de reação direta, parece que as pessoas se relacionam mais com as projeções e fantasias na cabeça delas mesmas do que com a pessoa em si.
Sei que tem gente que vai argumentar que altruísmo não existe e a gente vai agir sempre motivado pelo nosso bem estar, mas essa relação construída em cima desse mediador virtual em formato de bichinho que não fala me parece um outro tipo de egoísmo, sei lá.

Mas a parte que mais alugou um triplex na minha cabeça foi a sobre privacidade. Imagino que Black Mirror já deve ter lançado algo do gênero, mas me deu PAVOR a ideia de um ser humano desconhecido tendo acesso à minha casa com uma câmera e acesso de circulação. Só que é meio que o que a gente já faz sem saber, com nossos gadgets por aí. Faz alguns anos que por força maior eu todo todo esse cuidado de não sair postando informações muito pessoais na internet, justamente pq não sei quem pode estar vendo, e aí esse livro vem pra confirmar toda a sorte de desgraças que podem vir de estranhos que te vêem e você não sabe.

É um tempo muito estranho pra estar viva, sei lá (diz ela, escrevendo num blog pra sei lá quem nessa internet de meu deus).

Kentukis, da argentina Samanta Schweblin. De 2018, no Brasil publicado pela editora fósforo.


Em tempo: desde a minha outra encarcação bloguística eu garrei um ódio de fazer qualquer coisa que pareça uma resenha, porque ela sempre traz a sensação de que eu preciso produzir um texto Sério e com Validade, que vai reforçar minha imagem como pessoa culta que não apenas consome mas também discute obras interessantes. Isso não é uma resenha, se isso parece uma resenha é por mero acidente, isso aqui é somente a minha Opinião, 100% powered by vozes da minha cabeça.

Thursday, 13 April 2023

Às vezes eu só queria parar tudo, pegar um caixotinho e gritar pra todo mundo da internet PARAR de ficar perdendo tempo com a cabeça enfiada em algoritmo de rede social se alimentando e reproduzindo notícia sem pé nem cabeça que parece a coisa mais importante do mundo mas no fim do dia não faz diferença nenhuma


(Uma hora eu vou escrever um post sobre viver fora das redes sociais, mas essa hora ainda não chegou, o final de bimestre está aí, bear with me)