Thursday, 26 January 2023

Leituras do mês de janeiro/2023

No qual li mais coisa que durante todo o ano de 2022.


Codinome Lady V (Lorraine Heath):
Esse eu já tinha começado a ler antes e parado, e retomei ele no avião. Gente, na minha cabeça não ia ter ceninhas de sexo propriamente dito!! Pra mim era só um romancinho!! Kkkkkkkkkkk achei uma ótima leitura, dentro do que esses livros se propõem a ser: a protagonista eh cativante, o boy é charmoso, as cenas íntimas não são extremamente constrangedoras (mas também não são o cerne do livro). Achei o drama bem colocado, o suficiente pra história andar sem me fazer ficar ansiosa por conta de um livro fast-food.

Spare (Príncipe Harry):
O livro do príncipe Harry. Em um dia eu nem sabia que esse caboclo tinha escrito um livro, no outro eu baixei e comecei a ler. MEU DEUS, QUE BOMBA. QUE LIVRO RUIM. Eu tenho tudo a favor de memoirs sobre a família real britânica (adoro fofocas sobre esse povo), mas esse livro... O ponto dele é que a imprensa britânica destruiu a vida dele (matou a mãe dele e ia fazer com que o mesmo acontecesse com a esposa), algo que eu nem questiono, mas a execução do livro eh TERRIVEL. São quatrocentas páginas contando detalhes que não fazem diferença nenhuma, com humor duvidoso e muitos detalhes que você não queria saber (tudo relacionado a sexualidade ou aos genitais dele eu dispenso). Péssimo, constrangedor, teria sido melhor mandar o decoro às favas e rasgar o verbo contando as fofocas brutas de verdade (príncipe William curte pegging???).

Psicopolítica (Byung-Chul Han):
Ganhei esse de presente da Natália, e me peguei imediatamente seduzida por um livro MINUSCULO! Fininho! Tamanho de bolso! Eu, que me gabava de devorar livros enormes, me senti confortada pela concisão do Byung-Chul Han. Ninguém mais (eu) tem capacidade de atenção pra ler livros de 300 páginas, sabe.
Eu tinha lido um pouco de outro livro dele e foi uma satisfação seguir explorando um pouco mais da filosofia sobre como os novos arranjos do capitalismo destroem a nossa cabeça. 
Entendi tudo? Obviamente não. Concordei com tudo? Acho que não, também. Mas eu tenho preferido ler livros de não-ficção ultimamente (logo eu), e vou lentamente adquirindo mais repertório sobre os Grandes Nomes Intelectuais da História.



A Pediatra (Andréa del Fuego):
Também ganhei esse da Natália, comecei a ler de bobeira e NAO CONSEGUI PARAR porque o livro é pequenininho e envolvente. A narrativa em primeira pessoa me incomodou um pouco, mas achei fácil seguir a personagem. Era pra odiar ela? Cecília é cínica, está cansada e só quer continuar vivendo do jeito que ela tinha organizado, sem gente pra encher o saco, sem pacientes ligando pra ela 3 da manhã. Não é por isso que eu vou julgá-la. E de repente você se vê julgando ela por outras coisas, mas o fluxo de consciência da mulher já te envolveu tanto que não dá pra sentir ranço e largar o livro. Não é um favorito, mas foi um bom emprego do meu tempo.

Daisy Jones and the Six (Taylor Jenkins Reid):
Mais uma vez eu caí no hype da internet e sai prejudicada. Ao contrário de Evelyn Hugo, que eu só não gostei, esse me deixou com raiva, porque tudo o que eu queria era ter a minha própria banda de rock. Aí a mulher vai lá, escreve toda essa história com potencial mas acaba fazendo uma FANFIC DE FLEETWOOD MAC. Com uma protagonista que eh a Evelyn Hugo imitando a Stevie Nicks. Ódio.
A história de amor eu achei uma forçação sem fim. Pra mim era pra ter tido um triângulo amoroso mas só tem mesmo um delírio da autora. A protagonista passa A HISTORIA INTEIRA chapada. As músicas que ela escreve pra banda são boas, tho. 
Nunca mais me falem nada sobre essa Taylor Jenkins Reid que eu cansei de ser decepcionada.